O Povo News

Planeta Tênis de Teixeira de Freitas comemora 20 anos do Tri de Guga em Roland Garros

O Tênis é um esporte emocionante. Quem pratica se torna defensor e quem acompanha  é amante dessa espetacular modalidade esportiva.

O tênis, um dos esportes mais tradicionais e praticados no mundo, é, também, sinônimo de técnica, tática e, claro, benefícios para a corpo. A modalidade entra como uma das mais completas atividade físicas para  asaúde, sendo indicada a todas as pessoas!

Seja homem, mulher, criança ou idoso, o tênis consegue se adaptar facilmente às necessidades e possibilidades de cada um, independente da idade.

Estivemos conversando sobre o Tri Campeonato de Gustavo Kuerten (Guga) em Roland Garros  com o professor Léo Polon do Planeta Tênis, localizado em Teixeira de Freitas. Ele nos indicou uma matéria que o jornalista  Kadu Reis fez para a CBN, que nós vamos compartilhar com nosso leitor.

O tri do Campeão – O manezinho Guga Kuerten chegou ao torneio de Roland Garros, um dos principais do circuito mundial de tênis, como favorito ao título em 2001. Bicampeão na temporada anterior, o brasileiro confirmou a expectativa e levantou o troféu na França pela terceira vez com uma campanha quase irretocável. A imagem do coração, desenhado no saibro da quadra Phillippe Chatrier, não sai da memória do ex-tenista, 20 anos depois.

— O terceiro título é o último grande momento. O coração, esse amor que envolveu todo o processo. Todo mundo se emocionava imensamente com o que a gente fazia. Essa emoção marca demais a todos. Lembro da alegria, da comemoração. É a recompensa mais linda que recebi na vida. Até sonhava em ver isso num campo de futebol, mas não na quadra de tênis — relembra Guga, em entrevista coletiva que concedeu para falar dos 20 anos do tri nesta terça-feira, dia 8

Cheguei naquele ano com uma mistura de que tudo dava fruto, mas tudo era espontâneo ainda. Era um mundo mágico, tudo dava certo

Os títulos de Roland Garros nos anos de 1997 e 2000 e a chegada ao primeiro lugar no ranking mundial do tênis fizeram Guga se tornar um fenômeno no esporte brasileiro. O país tinha um “novo Ayrton Senna”, que dava alegrias aos torcedores nos finais de semana. Se, no primeiro título, o manezinho surpreendeu o mundo, em 2001 chegou com a pressão de ser campeão novamente — e com o respeito dos adversários.

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— O fenômeno foi aumentando, o impacto era para os jogadores também. As pessoas acompanhavam, se divertiam com os campeonatos. Era a esperança das pessoas, confortava e amparava o dia a dia. O tempo que passou me dá clareza para observar isso e continuar me dedicando, olhar essas trajetórias e essa façanha. Se formos a fundo nas nossas competências e tivermos amparo, um ambiente favorável, oportunidades, a gente consegue chegar lá — garante o craque.

Guga desenha um coração na quadra em Roland Garros pela primeira vez em 2001
Guga desenha um coração na quadra em Roland Garros pela primeira vez em 2001

(Foto: AFP)

A conquista

Então número um do mundo, Guga chegou a Roland Garros para defender o título e mostrou força desde o início. O manezinho passou pelos argentinos Guillermo Coria e Agustín Calleri e o marroquino Karim Alami sem grandes dificuldades nas três primeiras partidas. O momento mais difícil da campanha não foi contra o espanhol Juan Carlos Ferrero ou o russo Evgeni Kafelnikov, como seria esperado.

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A quarta rodada apresentou um desafio surpreendente. Diante do norte-americano Michael Russel, número 122 do mundo, a campanha do tricampeonato esteve por um fio de terminar. Após perder os dois primeiros sets, por 6-3 e 6-4, Guga ficou atrás no terceiro por 5-3 e a partida chegou a um possível final. Russel teve o “match point”, a bola do jogo, mas o manezinho fez o ponto e garantiu a sobrevivência.

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— Eu tinha desacreditado naquele jogo. Eu era número um do mundo, passava pelos grandes. Mas vem o Russel e me joga contra a parede. Eu jogava ele para um lado e para o outro e ele pegava tudo. Não aguentava mais ver o cara em todas as bolas. Ele tira umas bolas da manga e chega ao “match point”. Me passava na mente a passagem do avião para ir embora, o horário do voo — relembra o manezinho.

A situação é lembrada como uma das grandes viradas de Roland Garros e levou a plateia francesa à loucura. Guga sobreviveu ao que poderia ter sido o ponto do jogo e virou para cima do norte-americano vencendo o terceiro set por 7-6 e os demais por 6-3 e 6-1. No final da partida, o catarinense desenhou um coração com a raquete na quadra, um agradecimento ao público, que o acompanharia até o novo título.

Era o Allez Guga, virou ferramenta para me ajudar. Então eu não estava sozinho. Essa pimenta de jogar com todo mundo junto funcionava como uma luva

O tradicional adversário russo Evgeni Kafelnikov ficou pelo caminho nas quartas de final. O espanhol Juan Carlos Ferrero, apontado como principal candidato a desbancar Guga não teve resposta para o brasileiro, sendo superado por 3 sets a 0 na semifinal. O manezinho chegava à decisão diante do espanhol Àlex Corretja com a convicção de que levantaria o troféu pela terceira vez.

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— A final foi truncada contra o Corretja. Mantive o empenho, a contínua motivação, que deu certo. Assim foi aquele ano, encontrando soluções dentro da quadra. E assim a minha consagração como tenista, sendo número um do mundo, comecei a ganhar em todos os lados. Apesar de ter terminado como número dois, acredito que foi o meu melhor ano no tênis. Depois tive as lesões, se não a tendência era dali para muito mais — pondera Guga.

Relembre a final de Roland Garros entre Guga e Àlex Corretja em 2001:

O terceiro e último título de Grand Slam do brasileiro premiou os fãs de esportes com o ápice da carreira de um atleta genial. Se havia problemas, as soluções eram encontradas. A ponto de o russo Kafelnikov, adversário frequente do brasileiro, dizer que Guga pintava os movimentos como Pablo Picasso. Um estado de pura arte, com a magia manezinha sendo reverenciada pelo mundo em Paris.

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— Cheguei naquele ano com uma mistura de que tudo dava fruto, mas tudo era espontâneo ainda. Era um mundo mágico, tudo dava certo. Era todo dia virando festa na quadra de tênis. Ao ponto de assustar os caras do outro lado, eles não conseguiam competir. Isso era presente e prático. Cheguei a este ponto, jogava com a sensação de estar de olhos fechados — revela.

> Debate Diário: há 20 anos, Guga venceu Agassi e se tornou o número um do mundo

A terceira conquista de Guga Kuerten em Roland Garros completa 20 anos nesta quinta-feira, dia 10. Para relembrar o momento, o ex-tenista promoveu uma entrevista coletiva de imprensa nesta terça-feira, dia 8, com a presença de jornalistas brasileiros e do exterior.

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E, como sempre, fica a dúvida. O que o manezinho ainda poderia ter feito nas quadras se a sequência não fosse prejudicada pelas lesões? A resposta é dele mesmo:

— Meu tênis estava brotando, só começando. Os anos fazem a gente entender, tudo parece mais fácil. Na juventude era o vigor físico. Ter cinco títulos de Roland Garros seria uma coisa normal. Eu jogaria mais uns cinco anos como favorito, talvez uns dois títulos viessem, seria difícil não acontecer isso. A cada ano que era provocado, nós montávamos um plano e encontrávamos soluções — finaliza o tricampeão.

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