O vereador Joris de Gel fez sérias denúncias em sua intervenção na tribuna onde inferiu que o cidadão de Teixeira de Freitas está enfrentando fila para entrar na fila. Segundo ele os teixeirenses,  já abatidos pela doença têm que conviver com o sentimento de desesperança pois chegam à fila da regulação um dia antes e dormem no local a espera de uma oportunidade de conseguir uma ficha no dia seguinte. Ele lembra em seu discurso os 50 milhões que chegaram aos cofres públicos  sendo 40 milhões para o fundo municipal de saúde e cerca de 10 milhões para o combate ao covid-19.

Profissionais da saúde correndo risco e ambulâncias sucateadas.

Ele também esclarece que funcionários da saúde estão usando máscaras de TNT, enquanto as pessoas que possuem  cargos comissionados usam máscaras de qualidade. Entre as alegações do vereador também consta a situação das ambulâncias e dos motoristas que, segundo ele, estão carregando pacientes em veículos sucateados e recebendo uma diária que não condiz com a responsabilidade do cargo.

“Em Mucurí, o motorista recebe 1.200 de diária para levar um paciente em salvador. Teixeira de Freitas, retrocedeu. Voltou a idade da pedra. Está pagando 300 reais para o motorista levar o paciente em Salvador. Senhoras e senhores, imaginem se esse motorista sofre um acidente comum na estrada e precisa fazer uma manutenção no veículo. Eu te pergunto, com 300 reais, dá pra esse motorista se alimentar e ainda consertar o veículo?”, questionou o vereador.

Perseguição e tensão

Joris ainda faz fortes alegações contra o sistema administrativo implantado pelo prefeito. Segundo ele, o administrador tem usado estratégia de fiscalização dos profissionais, aumentando a tensão no local de trabalho.

“Hoje na prefeitura de Teixeira de Freitas tem o auxiliar do auxiliar: é um chefe que é vigiado por outro chefe. É muito cacique pra pouco índio! É um absurdo isso! As pessoas estão sendo perseguidas, maltratadas, massacradas, estão sendo fiscalizadas. É uma verdadeira vergonha!”, enfatizou Jóris.

Falta medicamentos

O parlamentar finaliza sua intervenção na tribuna, alertando para falta de medicamentos. Ele afirma que falta soro, seringas, Omeprazol, Buscopam, Tilex e outros medicamentos. Para o vereador,  a gravidade da situação é grande por ser uma gestão que se firmou, politicamente, sobre o discurso da saúde. Ele enfatiza que por ser o gestor, um médico, a responsabilidade é maior no sentido de providenciar os meios para diminuir o sofrimento dos doentes.