Cidade do Vaticano (Ecclesia) – O Papa assinalou no dia 6 de junho a beatificação da irmã Maria Laura Mainetti, morta há 21 anos por “três jovens influenciadas por uma seita satânica”.
“A crueldade! Logo ela, que amava os jovens mais do que tudo, amava e perdoava aquelas mesmas meninas que eram prisioneiras do mal”, indicou Francisco, após a recitação da oração do ângelus, perante os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
A beatificação foi celebrada em Chiavenna, na Diocese de Como, no norte da Itália, sob a presidência do cardeal Marcello Semeraro, prefeito da Congregação da Causa dos Santos. A irmã Maria Laura foi também reconhecida como mártir pela Igreja Católica.
O altar da celebração tinha um relicário, com uma pedra manchada de sangue, recolhida no local do martírio da religiosa, informa o portal de notícias do Vaticano.
“A irmã Maria Laura deixa-nos o seu programa de vida: ‘Fazer tudo com fé, amor e entusiasmo’. Que o Senhor nos dê a todos fé, amor e entusiasmo”, referiu o Papa, que pediu uma salva de palmas para a nova beata.
Maria Laura Mainetti, religiosa da Congregação das Filhas da Cruz, nasceu em Colico, na província de Lecco, Itália, em 20 de agosto de 1939, e foi assassinada em Chiavenna (Itália) por “ódio à fé”, a 6 de junho do ano 2000.
Ela se dedicou-se à educação, formação e assistência espiritual e material de crianças e adolescentes.
Na noite da sua morte, a religiosa recebeu um telefonema de uma adolescente a pedir ajudar por, alegadamente, ter engravidado na sequência de uma violação.
O Ministério Público Italiano viria a determinar que o telefonema foi inventado, com o objetivo de atrair a irmã Maria Laura Mainetti para o local do crime.
Após terem cumprido penas entre os oito anos e meio e os 12 anos e quatro meses de prisão, as três homicidas, menores de idade na altura do assassinato, foram libertadas.