Viviane Moreira / Opovonews

Nossa equipe de reportagem esteve na rua Pau Sangue, nº 505, bairro Castelinho, na residência de Evanete Rodrigues Pacheco, 39 anos para averiguar uma denúncia de omissão de assistência médica.

A jovem, que é cadeirante e não possui o movimento das pernas, foi diagnosticada com câncer de mama em setembro de 2013 e desde então vem enfrentando uma verdadeira jornada para ter acesso à atendimento.

De acordo com Evanete, foi detectado um nódulo em sua mama no dia 20 de novembro de 2013. A mesma procurou um posto de saúde do bairro Castelinho onde foi marcado para mesma um exame ginecológico. Ao dirigir-se ao Ambulatório Central, Evanete foi informada que não seria o exame correto, pois a mesma precisaria de um acompanhamento oncológico.

Ao retornar ao posto de saúde de seu bairro, uma funcionária de pré nome Vânia, informou que ela teria que aguardar na fila de espera e disparou ” – Se você estiver achando ruim, que mude de cidade”

A cadeirante conta ainda que a Secretaria de Saúde da cidade de Teixeira de Freitas exigiu que a mesma para ser atendida tivesse que transferir o título de eleitor para a cidade, pois a mesma vota na cidade de Porto Seguro embora more em Teixeira de Freitas.

De acordo com a sogra de Evanete, dona Ana, a medicação passada para a mesma tem que ser comprada. ” – Não temos condições para comprar tanta medicação, só um remédio custa R$ 80,00 reais, uma caixa com 12 comprimidos, que ela tem que tomar de 12 em 12 horas. Ela sente muita dor, grita de tanto sofrimento. Toda vez que vamos no posto nunca tem a medicação. Ela recebe apenas um salário mínimo por mês de aposentadoria para seu sustento e de sua filha de apenas 06 anos. Outro problema é a realização de quimioterapia. Tem dia que faz, tem dia que não faz porque também não tem a medicação. Ela é jovem, tem uma filha para criar. Já estivemos no Ministério Público pedindo que medidas fossem adotadas, mas até agora nada. Como podem pôr em fila de esperar mais de um ano, uma pessoa na situação dela? Já faz mais de um ano que estamos nesta luta e até agora ninguém resolve nada. Vão esperar ela piorar para fazer algo? Desabafa.