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Crueldade: PM da Bahia resgata Galos em espaço clandestino de bar

Vinte e sete galos mantidos de forma clandestina em um bar foram resgatados na noite de quarta-feira (7), pela 46ª Companhia Independente da PM, no município de Livramento de Nossa Senhora. Duas pessoas foram conduzidas para a Delegacia Territorial (DT) da cidade.

Depois de receberem denúncias de moradores sobre aglomeração em um bar na Rua Francisco de Souza Lima, no centro da cidade, as equipes foram averiguar a informação. “Lá, as guarnições flagraram, não só a aglomeração, mas também perceberam algumas janelinhas e viveiros no fundo do bar, onde as aves eram mantidas”, contou a comandante da 46ª CIPM, major Cleise da Costa.

Além dos galos, os policiais também encontraram objetos utilizados nas aves durante a realização de rinhas.

Crueldade:

Na rinha de galo os animais são criados, desde a época de frango, com a finalidade de se tornarem “galos de briga”. Mas eles são treinados para esse fim.

A prática envolve maus-tratos, ferimentos e abusos físicos. As penas da cabeça e da parte superior da coxa são arrancadas para que fiquem expostas a fim de exibir a musculatura e há relatos de usos de substâncias químicas metabólicas a fim de aumentar sua “competitividade”, extremamente prejudiciais à saúde dos galos.

Se o criadouro for ilegal, muitas vezes os galos ficam em lugar estreito, sem ventilação, sujo ou fora das normas sanitárias.

Outra característica é o uso de tambor, luvas, biqueiras, esporas de metal e plásticas, anabolizantes, antibióticos utilizados nos animais para lhes conferir mais força e resistência em combate.

No dia anterior às rinhas, os animais ficam sem alimentação, enclausurados em pequenas gaiolas, em lugares sem iluminação e cobertos por um capuz para que fiquem extremamente estressados e mais agressivos durante a luta.

Cuidado, esse relato é de conteúdo sensível de crueldade

”O treinador, segurando o animal com uma mão no papo e outra no rabo, ou então, segurando-o pelas asas, joga-o para cima e deixa-o cair no chão para fortalecer suas pernas. Outro procedimento consiste em puxá-lo pelo rabo, arrastando-o em forma de oito, entre suas pernas separadas. Depois, o galo é suspenso pelo rabo, para que fortaleça suas unhas na areia. Outro exercício consiste em empurrar o animal pelo pescoço, fazendo-o girar em círculo, como um pião. Em seguida, o animal é escovado para desenvolver a musculatura e avivar a cor das penas, é banhado em água fria e colocado ao sol até abrir o bico, de tanto cansaço. Isto é para aumentar a resistência. (…) O galo passa a vida aprisionado em gaiola pequena, é privado de sua vida sexual normal, só circulando em espaço maior nas épocas de treinamento… Chega a hora do galo ser levado às rinhas. Depois da parelha (escolha dos pares), vem o topo, que é a aposta entre os dois proprietários. São, então, abertas as apostas e as lambujas. Os galos entram no rodo calçados com esporas postiças de metal e bico de prata (o bico de prata serve para machucar mais ou para substituir o bico já perdido em luta). A luta dura 1h 15min, com quatro refrescos de 5min. Se o galo é “tucado” (recebe golpe mortal) ou é “meiotucado” (está nocaute), a platéia histérica aposta lambujas, que são apostas com vantagens para o adversário. Se o galo ficar caído por 1m o juiz autoriza o proprietário a “figurar” o galo (tentar colocá-lo de pé). Se ele conseguir ficar de pé por 1m a briga continua. Se deitar é perdedor. O galo pode ficar de “espavorido” quando leva uma pancada muito dolorosa e abandona a briga. Se a briga durar 1h15m sem um deles cair há empate e topo perde a validade. Faz-se apostas até sobre o refresco. Galo carreirinha é aquele que pecorre o rodo correndo até cansar o outro que está correndo atrás dele para depois abatê-lo. Galo canga é aquele que cruza o pescoço dele com o outro, forçando para baixo até que o adversário perca a postura de briga. O galo velhaco é aquele que, no meio da briga, entra por debaixo das pernas do adversário, quando está sendo atacado e depois o pega de emboscada. Tudo isto comprova que as brigas de galos são cruéis e só podem ser apreciadas por indivíduos de personalidade pervertida e sádicos.”

(Com informações da SSP-BA e do Greenme)

 

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