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Começa o pagamento do Auxílio Brasil, mas 29 milhões deixam de receber renda do governo

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Cálculo é da Rede Brasileira de Renda Básica, instituição que reúne professores e pesquisadores, baseado no fim do auxílio emergencial.

Brasileiros enfrentaram filas em agências da Caixa Econômica Federal e centros de referência de assistência social no primeiro dia de pagamento do programa que vai substituir o Bolsa Família. Em Salvador, a fila dobrou quarteirão.

Uma situação que se viu também em Goiânia, em Belo Horizonte, no Recife. Neste mês, também está sendo paga a última parcela para quem recebe o auxílio emergencial. A preocupação de muitos beneficiados é saber se vão ter direito ao novo programa.

Com o fim do auxílio emergencial, especialistas calculam que milhões de brasileiros vão deixar de receber ajuda do governo.

Wagner luta contra as dificuldades da vida como pode. Desempregado desde 2014, ele cuida do pai doente. Nos intervalos, junta latinhas para vender. Ele recebeu todas as parcelas do auxílio emergencial, e agora, sem os R$ 150 do programa, tudo ficou ainda mais incerto.

“Inteirava alguma coisa para comprar. Negócio de comida, entendeu? Era importante. Era importante”, diz Wagner Cheru.

No mercadinho de bairro que fica bem na esquina da casa do Wagner, as vendas despencaram no início da pandemia. Depois, com o auxílio emergencial, os corredores voltaram a ficar cheios. Agora, estão vazios de novo. Muitos moradores, enfrentando inflação alta e sem dinheiro no bolso, simplesmente deixaram de comprar lá.

“Muita gente recebia auxílio aqui. Eles dependem desse auxílio para viver. É muita gente desempregada”, ressalta Paulo Ronaldo Machado, funcionário do mercado.

Este ano, o auxílio emergencial chegou a mais de 39 milhões de brasileiros. A Rede Brasileira de Renda Básica, instituição que reúne professores e pesquisadores, calcula que o fim do programa deixa 29 milhões de pessoas sem qualquer renda do governo.

A outra parte, cerca de 10 milhões, já está incluída no Auxílio Brasil, o substituto do Bolsa Família. Este grupo vai se juntar a outros 4,5 milhões que estão inscritos no programa, totalizando 14,5 milhões de beneficiados.

Especialistas defendem que mais pessoas precisam receber ajuda financeira do Poder Público.

“É muito importante compreender que a situação de pobreza que nós temos hoje se dá, também, em função de um mercado de trabalho que foi muito prejudicado pela pandemia. A necessidade de expandir essas transferências de renda estava colocada desde o primeiro dia da pandemia. É preciso aproximar as transferências, como a do Bolsa Família, de uma renda básica e caminhar na incorporação de um número maior de beneficiários”, afirma Leandro Ferreira, presidente da Rede Brasileira de Renda Básica.

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