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Caso Henry: Porta-retratos do apartamento de Dr. Jairinho teriam sido trocados após morte da criança

Três porta-retratos com fotos da professora Monique Medeiros da Costa e Silva e do seu namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), foram encontrados por agentes da Polícia Civil do Rio desmontados no chão do quarto de empregada do apartamento 203, do bloco 1, do condomínio Majestic, no Cidade Jardim, na Zona Oeste do Rio. No quarto do casal, havia outras três imagens deles com o filho dela, Henry Borel Medeiros, de 4 anos, que morreu na madrugada do dia 8 de março.

Os porta-retratos estavam em uma sacola de uma rede de papelarias perto aos produtos de limpeza da lavanderia e foram vistos pelos policiais durante a realização das perícias complementares no imóvel, que podem durar até 30 dias, prazo da interdição judicial do local. Peritos suspeitam de que as fotos do casal foram trocadas por imagens de Henry após a morte do menino. Segundo eles, o cenário pode ter sido montado para reforçar o depoimento prestado pelo casal de que a família vivia em harmonia.

De acordo com o depoimento prestado por Monique, ela e Jairinho se conheceram durante um almoço profissional no Shopping Village Mall, na Barra da Tijuca, em agosto do ano passado. Um mês depois, começaram a namorar e, em novembro, eles escolheram o apartamento do Majestic para morarem com Henry.

No início de fevereiro, a professora buscou uma psicóloga se queixando que o filho não queria ficar no imóvel e pedia para dormir com os avós maternos, na casa de sua família, em Bangu, também na Zona Oeste.

No fim de semana antes de morrer, Henry estava com o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, com quem foi a igreja e a um parque de diversões, no Recreio dos Bandeirantes. Ele deixou a criança no Majestic às 19h20m do dia 7 e, por volta de 3h30m, Monique e Jairinho disseram ter acordado e encontrado o menino caído no chão, com mãos e pés gelados e olhos revirados. Eles o levaram ao Hospital Barra D’Or, mas, segundo as médicas, já chegou morto a unidade e com as lesões descritas em seu laudo de necropsia, que aponta hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente, além equimoses, hematomas, edemas e contusões.

Depois de ser registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca) o pedido de remoção do corpo de Henry do hospital pra o Instituto Médico Legal (IML), o imóvel passou por uma perícia, feita por profissionais do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). Em depoimento prestado na delegacia, dias depois, no entanto, a empregada doméstica da família admitiu que havia limpado e organizado o apartamento antes da chegada doa policiais. Ela alegou ter chegado pra trabalhar enquanto Monique e Jairinho não estavam em casa e não ter tido conhecimento da morte do menino.

Até o momento, o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP, já ouviu 17 testemunhas no inquérito que apura o caso, entre familiares, vizinhos e funcionários do casal. Na semana passada, uma reprodução simulada também foi realizada.

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