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Acidentados que necessitam fazer enxerto de pele aguardam transferência para Salvador

Bárbara Martau/Opovonews – Fotos: Arquivo pessoal

Dois motociclistas que sofreram acidentes em Porto Seguro estão internados há pelo menos um mês no Hospital Luís Eduardo Magalhães, onde aguardam transferência para Salvador a fim de realizarem cirurgia para enxerto de pele. Em Porto Seguro, esse tipo de procedimento só é oferecido na rede particular de saúde.

Quanto mais tempo os rapazes aguardam no hospital, aumentam os riscos de ambos contraírem infecção, pois os ferimentos estão sem a pele, que serve de proteção do corpo contra bactérias e fungos. Até o momento, porém, não há previsão de data para a transferência de nenhum deles para Salvador.

Jildevan Alves Santos, de 29 anos, que trabalha com serviços de pintura, se acidentou no dia 22 de junho. A moto que ele pilotava colidiu em um caminhão baú na avenida que liga o Baianão à Orla Norte. No momento do acidente ele teve um dos braços praticamente amputado e o outro ficou bastante machucado. O pintor permaneceu vários dias na UTI do HLEM e, devido à extensão das lesões, precisa fazer cirurgia plástica para reposição de pele em ambos os braços.

Para minimizar os riscos de infecção hospitalar, o médico que está atendendo Jildevan disse à família que se o paciente não for transferido até esta sexta-feira, 1º de agosto, receberá alta para aguardar em casa até que surja uma vaga em algum hospital do Estado em Salvador.

Risco de amputação

Jildevan divide o quarto no HLEM com o segurança Carlos Eduardo Santana, de 34 anos, internado desde o dia 2 de julho, quando se acidentou ao voltar de moto do trabalho. Uma pedra caiu de um caminhão e atingiu a perna de Carlos Eduardo, que sofreu fratura exposta da tíbia, com perda de pele. Desde então ele já passou por três cirurgias e fez diversas raspagens no local do ferimento.

A necessidade de transferência de Carlos Eduardo para Salvador é urgente porque ele corre o risco de ter a perna amputada. Devido à demora para a solução do caso, a família já cogita fazer a cirurgia plástica para cobertura cutânea em uma clínica particular, mesmo sem ter condições financeiras de arcar om as despesas. “Condições nós não temos, mas não podemos deixar que ele perca a perna”, disse Josiane, esposa de Carlos Eduardo.

Apesar dos esforços tanto da equipe do HLEM quanto da Secretária Municipal da Saúde, a transferência depende do aval da Central Estadual de Regulação de Vagas, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde, em Salvador, que tem demorado demais em conseguir as vagas para pacientes do interior.

jildevan

carlos eduardo

 

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