\u00a0<\/p>\n
O ministro Edson Fachin, relator da Opera\u00e7\u00e3o Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o interrogat\u00f3rio de Michel Temer no inqu\u00e9rito em que o presidente \u00e9 investigado com base nas dela\u00e7\u00f5es premiadas dos donos da empresa JBS.<\/p>\n<\/div>\n
O interrogat\u00f3rio, pedido pela Procuradoria Geral da Rep\u00fablica<\/a>, poder\u00e1 ser feito por escrito e respondido pelo presidente 24 horas ap\u00f3s a entrega das perguntas pela Pol\u00edcia Federal.<\/p>\n<\/div>\n
O ministro determinou o envio imediato do inqu\u00e9rito sobre Temer \u00e0 Pol\u00edcia Federal para conclus\u00e3o das investiga\u00e7\u00f5es. Isso dever\u00e1 ser feito, segundo o ministro, no prazo de dez dias.<\/p>\n<\/div>\n
Ao autorizar o interrogat\u00f3rio, Fachin lembrou que a orienta\u00e7\u00e3o do STF \u00e9 que investigados compare\u00e7am pessoalmente em dia, hora e local designado pela pol\u00edcia, mas ressalvou que, no caso do presidente da Rep\u00fablica, a lei possibilita que o depoimento seja feito por escrito.<\/p>\n<\/div>\n
“N\u00e3o est\u00e1 prejudicada a persecu\u00e7\u00e3o criminal com a observ\u00e2ncia, no caso em tela, do previsto no art. 221, \u00a7 1\u00ba, do C\u00f3digo de Processo Penal, em raz\u00e3o da excepcionalidade de investiga\u00e7\u00e3o em face do presidente da Rep\u00fablica, lembrando-se que o pr\u00f3prio Minist\u00e9rio P\u00fablico Federal n\u00e3o se op\u00f4s ao procedimento\u201d, escreveu o ministro.<\/p>\n<\/div>\n
Nesta ter\u00e7a-feira (30), Fachin tamb\u00e9m decidiu separar a investiga\u00e7\u00e3o<\/a> do senador A\u00e9cio Neves (PSDB-MG) do inqu\u00e9rito de Temer, que tamb\u00e9m inclui o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Com isso, a investiga\u00e7\u00e3o foi dividida em dois inqu\u00e9ritos diferentes. A\u00e9cio, Temer e Loures s\u00e3o investigados no STF por suspeita de corrup\u00e7\u00e3o, organiza\u00e7\u00e3o criminosa e obstru\u00e7\u00e3o de justi\u00e7a.<\/p>\n<\/div>\n
A defesa de Temer j\u00e1 havia pedido na semana passada que um eventual interrogat\u00f3rio fosse feito por escrito. Com o interrogat\u00f3rio, a PGR quer esclarecimentos sobre um di\u00e1logo do presidente com o empres\u00e1rio Joesley Batista<\/a>, registrado pelo dono da JBS com um gravador escondido.<\/p>\n<\/div>\n
O inqu\u00e9rito foi autorizado no \u00faltimo dia 18 por Fachin<\/a> a fim de apurar se, no di\u00e1logo, o presidente deu aval a Joesley Batista para o pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba pela Opera\u00e7\u00e3o Lava Jato.<\/p>\n<\/div>\n