Presos foram isolados, mas Secretaria não sabe números concretos.
Medida é uma ação preventiva para evitar rebeliões na cadeia.
Dando continuidade às revistas nos presídios do Acre, a Segurança Pública do Estado fez uma visita ao presídio Manoel Neri da Silva em Cruzeiro do Sul. Durante a inspeção, o secretário da pasta, Emylson Farias, anunciou que a unidade teve o reforço de 15 homens da Polícia Militar e Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC). Farias destacou que essa é uma ação preventiva para se antecipar a possíveis rebeliões dentro do presídio.
As medidas foram tomadas devido à rebelião que deixou 60 mortos em Manaus (AM) e a morte de 33 presos na madrugada de sexta-feira (6) na maior penitenciária de Roraima (RR). No Acre, uma rebelião em outubro de 2016 deixou quatro mortos e 19 feridos.
“É uma medida preventiva. Temos atuado desde o ano passado, trazendo todo o sistema de Segurança Pública para que a gente avalie e verifique se há necessidade de uma reformulação dos homens aqui. Mas, claro, que sempre em estado de alerta”, destacou.
O secretário também anunciou que a Polícia Militar da cidade recebeu armamento e outros itens de segurança. “O sistema prisional é caótico e é preciso ter mais atenção”, enfatizou.
Isolamento
O diretor do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), Martin Hessel, também confirmou que houve isolamento de líderes de facções criminosas na cidade, porém, a Segurança não sabe especificar quantos presos foram separados.
“A gente pode dizer quem em Cruzeiro do Sul temos a situação controlada, a gente sabe da existência dos grupos criminosos e a separação é feita conforme o regime da pena. A gente fez a separação física dessas pessoas, recebemos um mais um raio-X, mais raquetes e isso na questão da fiscalização de quem entra no presídio”, destaca.
Hessel pontuou que os equipamentos ajudam a evitar a entrada de materiais ilícitos no presídio e acredita que o isolamento dos presos vai manter o controle na unidade. “A gente sabe que existem líderes dessas facções em todos os locais do Brasil e aqui não seria diferente. Os presos isolados serão identificados e vamos colocá-los à disposição da Justiça”, finalizou.