Rico em vitaminas e proteína, alimento ainda é indispensável na rotina.
Não é por acaso que o primeiro alimento humano é o leite materno. É ele que garante nos primeiros meses de vida a redução dos índices de mortalidade, a diminuição nos riscos de alergia e diabetes, entre outros benefícios ao longo dos anos, graças à sua composição nutricional. Com o tempo, ele continua na dieta do homem, mas em quantidades menores. Seja puro ou derivado, esse é um produto que merece mesmo ser exaltado no próximo 1º de junho, Dia Mundial do Leite, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU).
A data surgiu em 2001, para incentivar o consumo em mais de 80 países que celebram esse dia. Atualmente, o Brasil ocupa a 65ª posição no consumo mundial de produtos lácteos, com média anual de 169 litros por pessoa. Número ainda abaixo da expectativa, ainda de acordo com a ONU que estabelece até 220 litros por ano como o ideal.
Em pesquisa realizada pela Embrapa Gado de Leite/Centro de Inteligência do Leite, durante a pandemia, os lugares que tiveram um consumo considerável foram Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Goiás. De fato, os 27 municípios que integram a bacia leiteira de Pernambuco sofrem prejuízo com a alta dos alimentos que servem de ração animal, aumentando os custos da produção.
Qual o mais indicado?
De uns tempos pra cá, aumentou o interesse do público no chamado leite vegetal. Mas antes de ir nessa categoria, é bom entender suas diferenças em relação ao tipo comum. Nutricionistas são unânimes ao explicar que o leite integral possui vitaminas A e D, além de concentrar 3% de gordura, enquanto o desnatado tem em média 0,5%.
Já o principal trunfo do que é extraído de vegetais é o fato de ser livre de lactose, sendo ideal para pessoas que sofrem de alergias ou intolerância a essa substância. “Enquanto a proteína do leite de vaca e a lactose dificultam a digestão, as bebidas vegetais são ricas em fibras, que auxiliam o funcionamento do intestino e combatem a prisão de ventre”, explica Renata Nascimento, proprietária do Tulasi Mercado Orgânico.
Ela também explica que, por não ser de origem animal, os leites vegetais também são livres de colesterol e o baixo índice glicêmico – o açúcar leva mais tempo para chegar ao sangue – evita os picos de glicose e o desenvolvimento da diabetes tipo 2. Isso além de promover uma maior saciedade, o que é benéfico para a perda de peso. Entram nesta categoria os leites de coco, amêndoa e de castanha, por exemplo.
Variedade gastronômica
Gastronomicamente falando, o leite serve de base para grandes clássicos culinários. Manteiga, iogurte e leite condensado são feitos a partir deles. Além da infinita variedade de queijos – frescos, brancos, amarelos, maturados. Sem esquecer dos gelados italianos, nem do molho béchamel (molho branco), do afetivo pudim, dos bolos caseiros e arroz doce. Tem até kefir de leite. Polêmicas nutricionais à parte, não há como desdenhar de um alimento tão onipresente na cultura ocidental.