Nova Viçosa celebra 300 anos de Imaculada Conceição

Franedir Gois/OPovonews

A festa de encerramento dos 300 anos da Padroeira de Nova Viçosa aconteceu na manhã de terça-feira, 8 de dezembro, voltada com cuidados da OMS, restrita, por conta da pandemia.

Presença de Dom Jailton Lino, bispo diocesano, padres, visitantes e comunidade unida.

Abrilhantaram o evento as filarmônicas de Alcobaça e Caravelas, devotos partícipes da história dos 300 anos e muita fé e devoção deram a tona de um dia histórico.

Trezentos anos de evangelização, são três séculos de caminhada pastoral e foram muitos que contribuíram com a construção dessa trajetória repleta de perseverança e fé, sob as bênçãos de Cristo Jesus e a proteção da Santíssima Mãe Imaculada.

Relato de paroquianos:

A senhora Jean Albuquerque, uma das que ouviu a história do nascimento da Igreja, passada por gerações, conta que “Essa Igreja começou em 1720, quando um português saiu de Caravelas, João Domingos Monteiro e, ele navegando pela foz do Rio Peruípe, encontrou terras boas, melhores que em Caravelas e resolveu se estabelecer por aqui, naquela época, aqui era só uma aldeia de índios. E a primeira coisa que os portugueses faziam quando chegavam em um local era construir uma capelinha, de madeira, com lama e barro batido a sopapo para preencher as falhas e a cobertura de palha de coqueiro”, [..] Quantos católicos, quantas pessoas já rezaram dentro (dessa) igreja. Quantas pessoas morreram e os caixões foram velados aqui. Essas paredes realmente tem história” disse.

Dona Maria Carlota tem 90 anos e se considera uma veterana da história da comunidade. Ela fica emocionada ao falar de Nossa Senhora Imaculada Conceição.

O Sr. Walter Barata Metzker conta as dificuldades enfrentadas no início da emancipação de Nova Viçosa, “Com a cidade pequena, só tinham três ruas com casas, comecei a participar da Igreja, não tinha padre, só tinham senhoras que tomavam conta da Igreja e vinha um padre uma vez por mês de Caravelas, aquilo era uma alegria muito grande quando ele chegava aqui, uma novidade, onde todo mundo queria abraçar, ajoelhava aos pés dele para pedir a benção” revelou.

“Olhando lá atrás e a realidade de hoje, a nossa Igreja cresceu bastante, com a saída do Frei José, veio o Pe. Edivaldo Oliveira, tínhamos a alegria de ter as celebrações todos os domingos, antes já tinha com o Frei José, porém (em virtude de logística e dificuldades de acesso), e foi essa Fé do povo que deu essa continuidade de chegar onde nós estamos”. Depois de Padre Edivaldo, veio o Diácono e posteriormente Padre João Batista. Em 2002, com a saída do Padre João, retorna novamente Pe. Edivaldo, para dar sequência na administração. Depois destes anos, passaram: Pe. Moisés Porcino, Pe. Ricardo, Pe. Vanderlei, Pe. Rosécio, Pe. Valdir Vitorino e agora Pe. Aelson Neves. Além desses, outros padres colaboraram na paróquia: Pe. Roberto, Pe. Isael Silva, Pe. Jaelson (ainda diácono). Seminaristas na época que por aqui passaram: Pe. Domingos Bento e Pe. Jan Gabriel.