Após cerca de seis anos de inatividade, o Museu Indígena Pataxó da Aldeia Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, foi reinaugurado no sábado passado (20) com a exposição temporária intitulada “Ãbakohay ūg kahab: memória e viver Pataxó”. A mostra é fruto de um projeto coletivo em torno da reconstrução do Museu Indígena Coroa Vermelha, que fechou suas portas em 2018.
O museu foi inaugurado nos anos 2000, na celebração dos 500 anos do “descobrimento” do Brasil. Segundo o professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Pablo Antunha Barbosa, devido à pressa na sua construção e à falta de planejamento a médio e longo prazo, após a celebração do evento, o museu foi progressivamente abandonado pelas autoridades responsáveis.
A exceção foi a própria comunidade, que o manteve funcionando até 2018, quando o museu foi fechado para visitação turística, já que não havia mais condições para manter o edifício e as peças do acervo. Devido ao apelo afetivo do museu, a comunidade vem buscando retomar o museu a partir de novas bases.
Desde o final de 2021, a UFSB vem participando ativamente desse processo, através do projeto de extensão Construção do Museu Indígena Pataxó de Coroa Vermelha (PJ008-2022), coordenado pelo professor Pablo Antunha Barbosa, pela professora Ângela Maria Garcia (IHAC/CSC) e pelo museólogo Julio Cézar Chaves. A atual exposição é o resultado desse trabalho coletivo, em parceria direta com a Associação dos Comerciantes do Parque Indígena da Aldeia de Coroa Vermelha.
Para montar a exposição temporária, formou-se uma equipe curatorial, composta por Arissana Pataxó e Oiti Pataxó, grandes artistas contemporâneos do povo Pataxó.
Fonte e fotos: Ascom/UFSB