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Mulheres negras e indígenas celebram o 25 de julho

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Mulheres negras de várias regiões da cidade e indígenas das aldeias do Jaraguá e Parelheiros denunciam as múltiplas formas de violência machista, racista e de classe que enfrentam cotidianamente, e defendem o Bem Viver. Ato acontece no Dia de Tereza de Benguela e da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, e vai da Praça Roosevelt ao Largo do Paissandu.
Na próxima terça-feira, 25 de julho, a Marcha das Mulheres Negras de São Paulo realizará o ato “Mulheres Negras e Indígenas por nós, por todas nós, pelo bem viver”. A manifestação acontece no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela – liderança quilombola reconhecida no Brasil por meio da Lei Federal 12.987/2004. Uma data que une mulheres negras internacionalmente no enfrentamento a todas as opressões sofridas e pelo objetivo de superá-las.
As mulheres, em especial as negras, sempre foram protagonistas dos movimentos por saúde, habitação, educação – que conquistaram o SUS, os mutirões habitacionais, as lei 10.639/03 e 11.645/2008, e, recentemente, as cotas raciais na Unicamp e USP, entre outros direitos historicamente sonegados. Mas a violência, racismo e machismo perenes na sociedade brasileira desde a sua fundação sob o modelo escravista de produção ainda fazem com que as mulheres negras e indígenas vivam uma realidade de desigualdades e discriminações em todos os aspectos da vida. E, no último período, a intensificação das violações decorrentes da atuação em defesa de direitos, como se evidencia nos recorrentes assassinatos de lideranças quilombolas e indígenas.
A articulação de diversas redes de mulheres negras em nível nacional levou àMarcha das Mulheres Negras contra o racismo, o machismo, a violência e pelo Bem Viver, em 2015. Pela primeira vez na história do Brasil, 50 mil mulheres ocuparam as ruas de Brasília para cobrar políticas públicas e reparação pelas desigualdades estruturais enfrentadas. As demandas prioritárias das 49 milhões de pretas e pardas brasileiras foram consolidadas na Carta das Mulheres Negras 2015.
O coletivo autônomo e independente Marcha das Mulheres Negras de São Paulo ajudou a construir a Marcha em 2015, e organizou no ano passado a primeira marcha pelo 25 de Julho na cidade de São Paulo, que levou mais de três mil mulheres às ruas do Centro. Para custear as iniciativas no Estado, o coletivo organizou uma “vaquinha online”.
“No momento em que o Brasil atravessa uma grave crise política, com o desmantelamento de políticas públicas duramente conquistadas, com desmandos por parte de governos elitistas e conservadores, nós negras de São Paulo trazemos para toda a sociedade questões que nos afetam diretamente e que queremos ver enfrentadas por todas as pessoas que acreditam num novo projeto de nação”, afirma o manifesto do ato.
O ato contará com as presenças do grupo Ilú Obá De Min, da DJ Luana Hansen, Mc Soffia, e diversas intervenções artísticas durante toda a marcha. (Patrícia Galvão)

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