O Povo News

MP e Polícia Civil fazem operação no apartamento do deputado federal Júnior Lourenço, em São Luís

Uma operação desencadeada pelo Gaeco (Ministério Público), Seccor, e Polícia Civil fazem operação desde cedo da manhã em diversas residências em São Luís e nas cidades de Miranda do Norte, São José de Ribamar, Bom Jardim, Paço do Lumiar, que indicam desvio de quase R$ 23 milhões.

O apartamento do deputado federal Júnior Lourenço (foto acima), na Ponta da Areia, é um dos alvos neste momento, às 6h56. O MP apura denuncia de desvio de recursos públicos. Além de mandados de busca e apreensão, existem também de prisões.

Participam da operação 24 equipes da Polícia Civil, compostas por delegados, investigadores e escrivães, além dos promotores de justiça do Gaeco.

ESQUEMA

As investigações tiveram início a partir de denúncia do Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito de desvios de recursos realizados no período de 2017 a 2020, durante a gestão do ex-prefeito de Miranda do Norte Carlos Eduardo Fonseca Belfort, conhecido como Negão.

O ex-gestor estaria utilizando recursos públicos para quitar dívidas pessoais junto ao TCU. O mesmo artifício teria sido usado pelo também ex-prefeito e atual deputado federal, José Lourenço Bonfim Júnior, que esteve à frente da administração municipal de Miranda do Norte no período de 2009 a 2016.

As investigações apontaram a existência de uma verdadeira organização criminosa criada com o objetivo de desviar recursos públicos.

O esquema era operacionalizado por meio de empresas de fachada que participavam de processos licitatórios fraudulentos. Essas empresas não tinham capacidade técnica nem lastro financeiro para cumprir os contratos firmados.

Quatro contratos firmados entre a Prefeitura de Miranda do Norte e as empresas “PM Construções e Serviços Ltda.”, “F Cipião Prazeres” e “J Rodrigues Macedo” totalizaram um dano de R$ 22.061.477,53 aos cofres municipais. Esse, inclusive, é o valor do bloqueio das contas correntes, poupanças e aplicações dos investigados, solicitado pelo Ministério Público.

As investigações também apontaram ligações entre essas empresas, os ex-prefeitos investigados, seus familiares, empregados e amigos.

fonte: Luis Cardoso

SANDRÃO FERNANDES, Redação O Povo News

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