O Povo News

Médicos ameaçam abandonar a UMMI de Teixeira por falta de condições de trabalho

E a saúde, como vai?

Não vale responder, quem é amigo ou parente de vereador, prefeito ou dos profissionais da saúde.

Não vale responder essa pergunta, quem tem boa alimentação ou pode pagar consultas e exames.

Queremos que responda a essa pergunta, àqueles que têm um alimentação deficiente, que comem na maioria das vezes, apenas arroz e colocam água no feijão.

Queremos saber quanto tempo pessoas, sem a ajuda de terceiros, fica na fila da regulação. Quantas vezes pessoas carentes sem ajuda externa, tiveram que ir ao postinho para serem atendidos; queremos saber quantas vezes estas pessoas foram às UBSs (postinho) e não encontraram médicos e quantos exames não conseguiram fazer. Queremos saber quantas pessoas perderam o emprego, porque sua doença não foi tratada e se agravou. Queremos saber quantas morreram neste processo de espera e quantos casos evoluíram para um histórico terminal.

A saúde pública em Teixeira de Freitas-BA é um problema antigo agravado na gestão do Prefeito Marcelo Belitárdo. O descaso tem tornado a situação dos menos favorecidos ainda mais dramática. Cerca de 80% da população de Teixeira depende exclusivamente do SUS e esta parcela encontra-se sem esperança.

Graves denúncias têm sido feitas, envolvendo falta de remédios, filas quilométricas na regulação, distratos  e negligências levando, inclusive,  à mortes. São muitas as evidências da má gestão, que inclusive, geraram pedido de CPI por parte dos vereadores de oposição que foram calados em razão do prefeito ter maioria na Câmara Municipal.

No entanto, o que eram evidências, ganharam  o status de provas irrefutáveis quando, na semana passada, o Corpo clínico da Unidade Municipal Materno Infantil, em uma nota à sociedade, classificou como grave a situação enfrentada pela saúde pública na Unidade Municipal Materno Infantil de Teixeira. O documento afirma que os profissionais da Unidade estão Inconformados com o desamparo e o abandono dos cidadãos e dos profissionais, e indignados com a ausência de respostas concretas.

Por isso o Corpo clínico da Unidade entendeu que era necessário prestar contas à população emitindo um documento onde constam denuncias e esclarecimentos que mostram os motivos  dos  inúmeros relatos de problemas na oferta de assistência à saúde para a população de Teixeira de Freitas nos diferentes níveis de complexidade.

O alerta mais dramático parte do princípio de que  as prerrogativas legais do CFM e dos CRMs, permitem que os médicos se afastarem dos seus campos de atuação quando estão inseridos em um contexto onde não lhe são proporcionadas  condições dignas de oferecer um serviço de qualidade a população.

“Estamos vindo a quase um ano sem equipamento de Raio X na Unidade que atende e é referência para toda a região do extremo sul, atendendo Urgências e emergências e alta complexidade Materno – Infantil. Submetendo as nossas crianças e pais ao transporte insalubre muitas das vezes para realizar Raio X em outras unidades do município, ficando sem assistência do corpo clínico no momento da realização dos exames”, diz o documento.

O documento ainda informa que o poder público não pode alegar ignorância sobre os fatos pois foi notificado inúmeras vezes, sobre o fato dos  atendimentos prestados estarem prejudicados, principalmente as urgências e emergências.

As reivindicações do Corpo clínico tem como foco a ampliação do acesso da população ao atendimento; a manutenção de condições dignas para o acolhimento dos pacientes e para o trabalho dos médicos e demais profissionais da saúde; a melhora da qualidade dos serviços realizados; o uso racional dos recursos públicos;
O documento ainda ressalta a falta de insumos básicos nos últimos dois meses, medicamentos de uso frequentes na unidade, além de lençóis, leitos , uma unidade sucateada, com risco de incêndio e desastres com essas constante chuvas, sendo a população assistida em meio a goteiras e alagamentos.
Agravando ainda mais o quadro, existe ainda a baixa remuneração dos profissionais de saúde que estão  há 9 anos sem aumento dos salários em todas as esferas dos serviços

A ausência de concursos públicos para preenchimento das vagas nos serviços também vem desestimulado colegas médicos especialistas a manter o vinculo com
a unidade fazendo com que os serviços prestados correm risco de colapso nos próximos dias, sem médicos plantonistas para assumir as escalas, tanto pelas péssimas condições de trabalho quanto pela baixa remuneração, ressaltando que os contratos com a equipe médica atual termina dia 19 de janeiro de 2022.
“O risco de comprometimento e de falência do Sistema Único de Saúde (SUS) representado na nossa cidade pela serviços da UMMI, não pode ser ignorado pelas autoridades e pela sociedade Teixeirense e do extremo sul da Bahia. Cabe a todos, inclusive aos representantes dos médicos, buscar uma solução definitiva para esses problemas, que têm causado graves transtornos e até mortes evitáveis”, enfatiza o documento.

O Corpo Clínico, na tentativa de ser ouvido, emitiu o documento visando assim, que suas demandas alcancem o poder público municipal. Os profissionais da saúde da UMMI  solicitam uma audiência pública com o prefeito e o Presidente da Câmara Municipal a fim de solucionar os problemas citados e não permitir que a população de Teixeira de Freitas e região fiquem desamparadas dos atendimentos prestados por essa unidade.

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