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Fraude eleitoral em Porto Seguro escandaliza o país. Prefeito eleito de Belmonte há 4 anos renunciou, colocou o irmão no cargo e se candidatou a prefeito de Porto Seguro

O prefeito eleito de Porto Seguro, Jânio Natal, é recordista em renúncias de mandatos. Jânio Natal esteve na gestão da cidade entre 1993 e 1996, como também entre 2000 e 2002. Em ambas as oportunidades, abandonou os mandatos antes do fim.

Caso ele assuma em 1º de janeiro de 2021, precisará renunciar ao atual mandato de deputado estadual pela Bahia. Será sua quarta renúncia. Em 2016, ele foi eleito prefeito de Belmonte, município próximo a Porto Seguro, mas renunciou para manter o cargo de deputado estadual da Bahia. Em seu lugar ele deixou o irmão e vice-prefeito, Janival Andrade. O salário de prefeito de Belmonte é de R$ 15 mil e o de deputado estadual, R$ 25.333.

Na ocasião, a renúncia foi considerada um estelionato eleitoral. Jânio foi acusado de traidor pela população belmontense e pelos adversários políticos, que prometeram entrar na Justiça contra a fraude eleitoral. Para os oposicionistas, Jânio, ao colocar o irmão como vice na chapa, já “premeditava” renunciar à prefeitura.

Apesar de Janival ser o prefeito de direito, Jânio continuou, durante esses quatro anos, mandando e desmandando na prefeitura de Belmonte, sendo o prefeito de fato, conforme denúncia feita por adversários de Jânio em Porto Seguro. Eles afirmam que o esquema fraudulento que teria sido montado por Jânio em Belmonte o levou à vitória em Porto Seguro em 2020. Ou seja, quando Janival “assumiu”, começou a se desenhar a fraude que viria a ser perpetrada na eleição em Porto Seguro quatro anos depois, diz a denúncia. Segundo os opositores, toda a administração do município de Belmonte teria sido feita por Jânio diretamente de sua mansão em Porto Seguro.

A denúncia aponta ainda que Jânio teria utilizado a máquina administrativa pública da prefeitura de Belmonte para assegurar sua vitória em Porto Seguro em 2020. Entre as irregularidades estariam as significativas contratações de cabos eleitorais em Porto Seguro, que seriam servidores da prefeitura de Belmonte e pagos com dinheiro do povo belmontense.

Conforme a denúncia, vários candidatos a vereador por Porto Seguro, todos da coligação política de Jânio Natal, continuaram recebendo salários diretamente da prefeitura de Belmonte durante a campanha eleitoral. Um exemplo é o caso do médico Anderson Ricelli Nunes Gonçalves, eleito vereador por Porto Seguro mas contratado da prefeitura de Belmonte. Contratos suspeitos com servidores fantasmas e muitas cirurgias feitas em pacientes de Porto Seguro, entre outras irregularidades, deixaram o município de Belmonte como “terra arrasada”.

Com a eleição de Jânio Natal em Porto Seguro, os adversários políticos afirmam que a fraude anunciada foi efetivada, segundo a denúncia.

(Foto: Arquivo/Bahia Dia a Dia)

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