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Equipe da Seagri se reúne com agricultores do Sul e Extremo Sul para potencializar produtos já consolidados

Acompanhada do chefe de gabinete da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Alisson Gonçalves, uma equipe técnica da Seagri se reunirá com agricultores e pecuaristas do Sul e Extremo Sul da Bahia, a partir desta sexta-feira (23), com o objetivo de discutir estratégias para potencializar os produtos já consolidados, além de verificar novas possibilidades para a região.

Com números expressivos quando se trata da agropecuária, a região Extremo Sul vem despontando como a maior produtora em diversos segmentos. Entre eles, podem ser destacados o café, que representa 60,32% da produção do Estado.

O mesmo ocorre com o rebanho bovino que, das 10.214.863 cabeças de gado totais do Estado, 10% são criadas na região. Quando o assunto é fruticultura, em primeiro lugar está o mamão, que representa 50% de toda a safra do Estado, seguido da melancia, sendo o 3º maior polo produtor. Teixeira de Freitas se destaca na produção de melancias, com produtividade na casa de 60 toneladas por hectare.

Outro destaque da região é a cana-de-acúcar, que responde por 51,50% das 5.167.595 toneladas produzidas na Bahia.

 

Potencial

O Extremo Sul da Bahia tem realidades e potencial para dobrar de tamanho em 10 anos. O relevo da região é plano e propício à mecanização. Também chamam atenção iniciativas da sociedade civil organizada local atuando na seleção e melhoramento de sementes adaptadas à região.

 

Fruticultura

A Bahia é o segundo maior produtor de frutas do Brasil com perspectivas de crescimento em área e em produtividade porque faz uso de boas tecnologias, além do clima favorável, água em abundância e áreas propícias para o cultivo de frutas no Estado, sobretudo na região norte onde há avanços na produção de manga e uva, de acordo com o superintendente de Política do Agronegócio, Eduardo Rodrigues.

Entre os oito principais polos de fruticultura da Bahia está o Extremo Sul, com destaque para as produções de mamão, coco, melancia, graviola, pinha e macadâmia.

 

Mandioca

Atividade tradicional no Extremo Sul da Bahia, o cultivo de mandioca na região tem produtividade duas vezes maior do que a média de todo o estado. Enquanto na Bahia a média de produtividade é de 6 toneladas por hectare (6t/ha), no Extremo sul a média é de 12t/há. Contudo, já há na região produtores que chegam a quase 40t/ha.

Os índices são resultado de um programa que fornece assistência técnica, treinamentos e orientação sobre gestão, produção e comercialização, a partir da contratação de consultoria especializada.

Iniciado em 2011, o programa ganhou força em 2016, ao ser incorporado ao Plano de Ação Territorial (PAT) da mandiocultura. O PAT envolve 11 municípios do Extremo Sul: Alcobaça, Caravelas, Ibirapuã, Itamaraju, Prado, Teixeira de Freitas, Nova Viçosa, Mucuri, Jucuruçu, Medeiros Neto e Lajedão.

Um dos objetivos do plano é ampliar em 40% a produtividade (t de raiz/ha) em áreas cultivadas por 57 agricultores familiares nesses municípios. Para isso, foram selecionadas 23 variedades que estão sendo testadas e monitoradas, entre elas a Corrente, Formosa, Platina, Olho Roxo, Sergipe, Caipira e variedades de mesa. O objetivo é identificar as variedades que melhor se adaptam à região e multiplica-las.

Outro índice importante é o de crescimento da participação de agricultores familiares no programa. Em 2011, eram oito associações participantes, enquanto atualmente já são 44 associações e uma cooperativa, envolvendo 1.600 famílias que se dedicam à produção de farinha e a outras atividades.

Segundo Ana Cristina dos Santos, engenheira agrônoma da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), o Extremo Sul se destaca como um território propício ao cultivo da mandioca. “Possui condições edafoclimáticas [características do clima e solo] propícias à cultura da mandioca, com regularidade pluviométrica, clima quente e úmido, sem a adversidade da seca e geadas, solos profundos e bem drenados”, explicou

 

Farinheira sustentável

Um dos conceitos que vem sendo aplicados na região é o da Farinheira Sustentável, que incorpora conceitos como aproveitamento de água da chuva, separação entre a área de recepção de mandioca e a área de beneficiamento, tratamento e reaproveitamento de resíduos, entre outros.

Atualmente, há três unidades do tipo em Alcobaça, e 210 agricultores já participaram de cursos sobre adequação da produção a esse novo conceito.

 

Café Conilon

O café Conillon desceu do Espírito Santo, com o cooperativismo, e se estabeleceu em cidades como Itabela, Itamaraju, Eunápolis e Teixeira de Freitas. O café Conilon produzido pela Fazenda Bom Retiro, localizada em Teixeira de Freitas, foi premiado na Semana Internacional do Café – SIC de 2020, onde o cafeicultor Gustavo Sturm ganhou o primeiro lugar.

Em 2020, a safra de café Conilon cresceu 17,8% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Outro destaque é a área de produção do café Conilon, que teve um aumento de 6,1%. De acordo com a Seagri, o café da Bahia vem se destacando em qualidade e quantidade. O café geral subiu em torno de 10% na sua área de produção, 25% em sua produtividade e vem aumentando sua produção em quase 38%. Isso mostra uma característica extremamente saudável para os produtores de café, que atinge preços de forma sustentável, melhorando os ganhos dos produtores. (Foto: A Tarde)

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