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Dia da Gestante - 11 presentes para você mesma na gravidez e no pós-parto

Quando uma mulher engravida, todo o foco passa quase instantaneamente para o bebê. A prioridade se torna aquele ser, que ainda é minúsculo – quase tão pequeno quanto uma sementinha de gergelim nas primeiras semanas. Muita gente se esquece que para ter um bebê saudável e feliz, é preciso que a mãe também esteja bem.

1) Não se pressionar para emagrecer

Poucas mulheres conseguem voltar em pouco tempo para o peso de antes, mas saiba que apenas o útero leva cerca de nove meses para retornar ao tamanho de antes. Portanto, espere um ano após o nascimento para entender qual é realmente seu novo corpo. E lembre-se que a amamentação sob livre demanda é sua melhor aliada no processo de emagrecimento – ela pode fazê-la gastar até 800 calorias por dia só na produção do leite.

2) Cuidar de você antes do bebê

A gente sabe que parece impossível. E talvez nos três ou quatro primeiros meses seja mesmo. Mas lembre-se sempre do aviso de emergência no avião: a máscara de oxigênio deve ser colocada primeiro em você, depois na criança. É a velha história de um bebê só é feliz com uma mãe feliz. Se você puder, faça algum exercício. Não só porque produz hormônios responsáveis pelo bem-estar. Mas principalmente porque este será um tempo que você terá só para você. Para olhar para si, para descarregar as angústias, as emoções novas que a maternidade traz. Vale até caminhada pelo bairro.

3) Respeitar as suas marcas

As grandes transformações nas nossas vidas nos deixam marcas. Em vez de odiar seu novo corpo, olhe para ele como se tivesse sido tatuado pela maternidade. Ame-o. Entenda que você não é mais a mesma de antes do bebê. E que isso não é ruim. Pelo contrário. Ele enfrentou tanta coisa nos últimos tempos – bombeou 50% mais sangue do que o normal, gerou uma vida, sofreu com enjoos, quedas de pressão, lidou com uma explosão de hormônios, esticou a pele, rearranjou órgãos, sofreu com as dores do parto ou com as dos pontos. Ele é um forte. Você é uma forte!

4) Não dar conta de tudo

Mães não precisam ser guerreiras ou malabaristas. Você não precisa (e não vai) dar conta de tudo. Casa, comida, roupa, bebê… é muita coisa para pensar e fazer. Essa conta não fecha, então, não queira fazer milagre. Faça o possível e se preserve. Um bebê demanda muito tempo e atenção. Concentre-se nele e encare todo o resto como supérfluo. Eleja prioridades (e a louça sempre limpa certamente não é uma delas). Se você não tem ajuda – de familiares, profissionais ou outra rede de apoio – , não há mágica que garanta uma casa limpa, comida na hora, roupa lavada e passada. Então, desapegue e não ligue para comentários de quem não está na sua pele. Quer dicas por onde começar? Pendure as roupas molhadas já no cabide para evitar ter de passar (e deixe o ferro só para aquelas peças realmente importantes). Peça delivery, compre comida congelada (mas evite a industrializada, rica em sódio e gordura). Use descartáveis por um tempo (não é uma atitude sustentável, mas é para o bem de sua sanidade mental).

5) Aposentar as roupas de grávida

A gente sabe que, por um tempo, as roupas usadas na gravidez são as mais confortáveis para o período do pós-parto. Mas não faça delas seu novo estilo. Pode parecer besteira, mas olhar para o armário e escolher uma roupa que faça você se sentir um pouco a mulher que era antes da gravidez vai fazer um bem enorme. Concilie essas duas vocês: a de antes do bebê e a de agora. Você precisa se sentir cuidada para se sentir bem, e ninguém poderá cuidar melhor de você que você mesma. Portanto, dobre as roupas de grávida (que não costumam ser as mais bonitas do mundo), doe ou, se pretende ter outro filho, guarde num local de difícil acesso até lá.

6) Alimentar-se de forma saudável

Essa é realmente uma das ações que você deve manter e levar a sério, não so como um presente de Dia da Gestante, mas sempre. Assim como acontecia na gravidez, você precisa estar bem nutrida, para se manter em pé sem adoecer e para nutrir o bebê. Mantenha esses bons hábitos adotados na gestação. Assim, daqui a seis meses, quando o seu filho começar a introdução alimentar, será muito mais fácil e prático preparar uma só refeição para a família toda – embora adaptada no tamanho e na consistência – , em vez de fazer a comida do bebê e a sua separados. Cozinhe com pouquíssimo sal desde já!

7) Viajar, sim, pois bebê não é empecilho

Viaje, sim! Não só porque faz bem, mas porque agora você tem mais um motivo para dividir esses momentos de prazer e apresentar o mundo. Assim que passar a fase das primeiras vacinas, você se sentirá mais confiante para levá-lo a tiracolo. Se ainda estiver insegura, escolha destinos em que haja hospital por perto. E lembre-se que até 2 anos as crianças costumam não pagar passagem (algumas companhias cobram uma porcentagem), portanto, aproveite! Depois ficará mais caro. Além disso, a fase em que as crianças ainda não comem alimentos sólidos e são amamentadas exclusivamente no peito tem a vantagem de não precisar levar uma parafernália de utensílios de cozinha.

8) Conhecer novas pessoas

Você já deve ter escutado que a maternidade é um período de solidão, e é verdade. Não só porque a nova rotina suga muito de nosso tempo, mas porque ela muda radicalmente nossos programas e os antigos amigos acabam se afastando. É natural. Não só você não poderá sair tanto com eles à noite, como eles não estarão disponíveis para fazer um programa no meio da tarde, durante a licença-maternidade. Por isso, abra-se para novas amizades, que estejam passando por um período mais semelhante ao seu – e isso não quer dizer jogar antigos amigos fora. Se você frequentava grupos de gestantes, mantenha o contato. Crie grupos de mensagem no celular com grávidas e mães (às vezes os próprios pediatras organizam ou indicam). Vá a encontros de mulheres com bebês pequenos. Frequente parquinhos infantis, ainda que seja só para seu filho tomar sol. Não só a solidão ameniza, como você se sentirá acolhida em suas novas angústias.

9) Começar uma terapia

Se você tiver condições, comece. Porque vai precisar. Aquela mulher que existia vai dar lugar a outra e esse processo é confuso, cheio de dúvidas e angústias. O relacionamento com seu parceiro também vai mudar (às vezes para melhor, mas nem sempre). Sentimentos e emoções novas vão aparecer e não é raro que uma mulher muito tranquila se veja tendo ataques de fúria. Isso é muito mais que hormônios: é falta de sono, é falta de olhar para si mesma, é falta de divisão de tarefas, é falta de tempo, é ter de lidar com o desconhecido o tempo todo. Se não puder fazer terapia, estabeleça uma rede de amigas mães, que vão entender melhor o que você está passando e podem dar uma palavra de conforto ou estímulo.

10) Comemorar e gravar cada pequena conquista

A maternidade é feita de avanços e retrocessos. Um dia seu bebê dorme bem e você até sonha que “agora vai”, mas no dia seguinte pode ser que ele volte a acordar 586 vezes à noite. Não desanime. Em vez disso, aprenda a comemorar aquela noite bem dormida. Não espere demais, deixe-se surpreender com o que seu filho tem a oferecer. E comemore as pequenas e as grandes conquistas, como sentar, engatinhar, falar, comer sozinho…  Grave, faça vídeos, fotografe, anote, faça um diário. Tudo passa muito rápido. E você estará tão cansada (e com o sono tão bagunçado) que a chance de esquecer desses momentos é enorme – porque o cérebro não dá conta de transformar com eficiência memórias curtas em memórias longas. E a graça da vida está nessas pequenas vitórias do dia a dia.

11) Deixar de fazer as coisas

Deixe de lado tudo o que não faz mais sentido na sua vida. O Dia da Gestante é uma oportunidade para lembrar que sua vida é nova agora e você tem uma oportunidade de reescrever sua história sempre.

  • Deixe os palpites indesejados dos familiares, amigos e vizinhos de fora da sua vida, pois eles já tiveram a oportunidade de educar os filhos do jeito que queriam e/ou não sabem o que se passa de verdade na sua vida.
  • Deixe de se importar com o que os outros vão pensar.
  • Deixe de comparar sua vida e a de seu filho com a dos outros – vocês são únicos e muito especiais, cada um tem seu tempo!
  • Deixe de trabalhar sempre além do expediente só para provar que você é uma ótima funcionária – isso não prova nada, só faz você perder momentos da vida do seu filho que não voltam mais.
  • Deixe de tentar fazer tudo sozinha: o pai do bebê tem responsabilidades, chame-o para dividir os cuidados.

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