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Brasil disputa hoje com Alemanha vaga na final da Copa

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O Brasil encara a Alemanha nesta terça-feira, às 17h, no Mineirão, sem Neymar e Thiago Silva. O substituto do zagueiro será Dante. Não se sabe ainda quem entrará no lugar do camisa 10 da seleção, fora após fraturar uma vértebra. De volta, Daniel Alves e Luiz Gustavo começaram como titulares em treino na segunda. Felipão parecia estar deixando claro como jogaria: com três volantes e dois laterais indo mais ao ataque. Parecia.

Scolari testou outras formações. Colocou William na vaga de Paulinho. Depois, trocou Oscar por Bernard e Maicon por Daniel Alves. Para fechar, voltou com Oscar na vaga de William e botou Hernanes no lugar de Fernandinho. Ele disse que já tem o time na cabeça. “Mas não vou divulgar”, disse Felipão. “Nós não vamos estar jogando apenas por nós, por nosso país, por tudo que imaginamos e sonhamos, mas também pelo Neymar, por tudo o que fez por nós”, completou o treinador. O vencedor de Brasil e Alemanha pega quem vencer o jogo Argentina x Holanda. A final será no Maracanã, no Rio, no domingo (13), às 17h. Veja a tabela completa da Copa do Mundo.

Ao vencer a França por 1 a 0, a Alemanha garantiu vaga entre os quatro melhores da Copa pela quarta vez consecutiva. Foi assim em 2002, quando perdeu para o Brasil por 2 a 0 na final, no único jogo entre as duas seleções na história das Copas. A seleção brasileira volta a disputar uma semifinal pela primeira vez desde que levou o pentacampeonato, desta vez com dois desfalques. “É uma pena para o Brasil perder dois dos seus melhores jogadores, mas penso que eles podem superar isso. Perdas às vezes dão novo ímpeto. Ninguém deve pensar que a ausência de Neymar tornará nosso trabalho mais fácil. É exatamente o oposto”, comentou o treinador alemão Joachim Löw.

Na Alemanha, desfalque é coisa do passado. O zagueiro reserva Shkodran Mustafi se machucou e foi cortado. Antes da Copa, perderam o meia Marco Reus, que rompeu o tornozelo. No decorrer da Copa, deixaram no banco estrelas do time, como o zagueiro Mats Hummels e o atacante Lukas Podolski, com febre. O time também esconde o jogo. Fez treino secreto no domingo e não costuma repetir escalação. O centroavante Miroslav Klose pode sair para dar lugar a Schürrle. Philipp Lahm deve ser escalado como lateral, mas atua como volante. “No começo, Lahm foi colocado no meio porque nem Schweinsteiger, nem Khedira estavam preparados para 90 minutos. Agora, Lahm está livre para jogar em sua posição original, se for o caso. Estamos vivendo uma situação que todos os times gostariam de estar. Todos estão 100%”, explicou o auxiliar-técnico Hans-Dieter Flick.

Regularidade

Regularidade é uma característica que combina com a seleção tricampeã mundial. Esta é a 13ª vez que a Alemanha aparece entre as quatro melhores em 19 participações em copas. A partida contra a França mostrou mais uma vez boas atuações do goleiro Neuer e do zagueiro Hummels. Low escalou Klose, recordista de gols em mundiais, empatado com Ronaldo, ambos com 15 gols. Dentro do campo, há certa frieza. Fora, a história é outra. A Alemanha é favorita na disputa pelo título de seleção mais simpática. Dançaram “Lepo Lepo”, cantaram hino do Bahia, jogaram bola com crianças, brincaram com policiais, torceram para o Brasil e vivem escrevendo em suas redes sociais expressões em português como “É Nóis”.

Mas eles também falam sério, é claro. O estilo de jogo do Brasil foi comentado (e, de certa forma, “cornetado”) pelo meia Bastian Schweinsteiger. “Concordo que existam faltas muito duras. Nós temos a imagem do jogo brasileiro como se fossem 11 artistas em campo, mas o futebol mudou. Não há mais aquelas jogadas mirabolantes. São guerreiros, lutam em campo e temos que nos preparar pra isso”, disse Schweinsteiger. “Sabemos que a Alemanha está em grande forma e jogou  bem contra a França. Todos são habilidosos e a grande arma deles é a capacidade de lidar com qualquer situação numa partida, mesmo sob pressão”, comentou Dante, colega do meia no Bayern de Munique.

As quartas de final da Copa reservaram aos torcedores brasileiros uma mistura de sentimentos. Por um lado, alegria pela vitória por 2 a 1 diante da Colômbia e classificação para as semifinais. Por outro, tristeza pela lesão que tirou Neymar do mundial. Aos 41 minutos do segundo tempo, Neymar sofreu uma dura entrada por trás do colombiano Zuñiga. Após exames, foi constatada fratura na terceira vértebra lombar, que afasta o craque dos gramados por até seis semanas. A Fifa decidiu não punir o lateral.

Arbitragem

Marco Rodríguez, de 40 anos, vai apitar Brasil x Alemanha. O juiz mexicano esteve em dois outros jogos: o 2 a 1 da Bélgica na Argélia; e Uruguai 1 x 0 Itália. A partida que eliminou os italianos da Copa ficou marcada pela mordida do uruguaio Luis Suárez no ombro do zagueiro Chiellini. Rodríguez apenas conversou com Suárez, que depois foi suspenso pela Fifa por nove jogos e quatro meses. O árbitro mexicano deu um polêmico cartão vermelho para o meia italiano Marchisio.

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