Locais com alerta têm previsão de temperaturas ao menos 5 °C acima da média histórica para novembro. Onda de calor deve durar ao menos até quarta-feira (15).
O fim de semana foi de calor intenso e a semana não vai ter trégua. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de que as altas temperaturas sigam até pelo menos a quarta-feira (15).
O forno em que estamos é resultado de uma onda de calor. Segundo os meteorologistas, essa é uma das mais intensas já vistas e o Inmet emitiu um alerta para 13 estados e Distrito Federal alertando sobre riscos à saúde.
Os alertas se concentram nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, mas também alcançam estados do Norte e do Sul do país. As temperaturas devem ficar pelo menos 5ºC acima da média em boa parte dos estados das regiões Sudeste e Centro-Oeste.
- Alerta de grande perigo: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia e São Paulo
- Alerta de perigo: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins
O Inmet explica que os alertas de perigo exigem atenção sobre condições meteorológicas e riscos que possam ser inevitáveis. Já os alertas de grande perigo se referem a situações em que estão previstos fenômenos meteorológicos de intensidade excepcional, com riscos para a integridade física.
Em São Paulo, a Defesa Civil decretou estado de alerta diante da previsão de máxima de 37 °C. No Rio de Janeiro, as temperaturas ficaram acima de 30°C já pela manhã, e o bairro do Jardim Botânico registrou 33,7 °C, com sensação térmica de 48 °C.
Maiores temperaturas
As cidades de Porto Murtinho (MS) e Aragarças (GO) registraram máxima de 42,3 °C no sábado (11), as maiores registradas no dia pelo Inmet. Cuiabá (MT) registrou 41,3 °C e foi a capital com a maior temperatura do dia.
O Inmet afirma que as temperaturas máximas no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul devem atingir os 44 °C nos próximos dias. A previsão é de que várias cidades registrem recordes históricos de calor nesta semana.
A meteorologista Andrea Ramos, do Inmet, explica que esta é uma tendência mundial, já identificada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).
“A Organização Meteorologia Mundial já identificou que estamos vivenciando quatro meses com temperaturas acima da média e uma tendência de terminarmos o ano como o mais quente já registrado desde o início das medições”, informou Andrea.
Além do calor, há a baixa umidade. Para se ter uma ideia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define que índices abaixo de 12% são considerados emergenciais.
“Essa massa de ar que está atuando em boa parte do país é quente e seca. A gente está registrando umidades abaixo de 20% e, em alguns pontos, até abaixo de 15%”, afirmou a meteorologista.
Tempestades no Sul
Na região Sul, as áreas de instabilidade devem ganhar força nos próximos dias.
Até a próxima quinta-feira (16) os acumulados podem superar os 200 milímetros entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As tempestades devem ter rajas das vento acima de 80 km/h e queda de granizo.