O governo da Bahia anunciou um investimento superior a R$ 70 milhões para fortalecer a Educação Escolar Indígena no estado. A ação ocorre próxima ao Dia dos Povos Originários, celebrado em 19 de abril, e visa ampliar, modernizar e construir escolas indígenas, além de valorizar o magistério e promover o protagonismo estudantil.
A rede estadual conta atualmente com 71 escolas indígenas distribuídas em 27 municípios, atendendo mais de 11 mil estudantes. A iniciativa reconhece as línguas, tradições e culturas dos mais de 30 povos originários baianos, como os Pataxó, Tupinambá, Tumbalalá e Kiriri. A diretora da Educação de Povos e Comunidades Tradicionais da SEC, Poliana Rios, afirma que a Bahia vive uma “verdadeira revolução” nesse campo, com currículo contextualizado e material didático específico.
A recente reestruturação da carreira docente garantiu equiparação salarial e direitos aos professores indígenas. A coordenadora Marcineia Tupinambá, do Colégio Estadual Indígena Tupinambá de Acuipe de Baixo, destaca que as aulas em espaços naturais fortalecem a identidade cultural dos alunos. As ações seguem a Lei nº 11.645/08 e incluem projetos como o JEIBA e o Programa Saberes Indígenas, promovendo educação bilíngue e intercultural.