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No Mundial de Clubes da ascensão saudita, o que pode surpreender Fluminense e Manchester City?

Torneio começa nesta terça-feira, com Al-Ittihad x Auckland City. Tricolor e citizens jogam semana que vem, na semifinal

Os olhos tricolores estarão atentos já na tarde de hoje: às 15h, Al-Ittihad (Arábia Saudita) e Auckland City (Nova Zelândia) abrem o Mundial de Clubes em jogo pela primeira fase eliminatória, que começa a definir quem enfrenta o Fluminense na semifinal da semana que vem. Esta será a 20ª e última edição do torneio no formato atual, de sete times.

O tricolor entra como um dos favoritos ao título. Favoritismo relativo, já que a competição, sempre complicada, ficou ainda mais recentemente. Nos últimos dez anos, todos os europeus chegaram à decisão, enquanto metade dos campeões da Libertadores caíram ainda na semifinal: Atlético-MG (2013), Atlético Nacional-COL (2016), River Plate (2018), Palmeiras (2020) e Flamengo (2022).

Num ano que marca a ascensão dos times da anfitriã Arábia Saudita — graças ao investimento do governo local em contratações, essas equipes se tornaram badaladas —, a balança pode pender ainda mais para lados diferentes. No ano passado, o Flamengo caiu para um Al-Hilal já forte, mas ainda sem estrelas como Rubén Neves, Malcom e Neymar. Neste ano, o Al-Ittihad é favorito a ser o rival do Fluminense.

O time de Jidá conta com nomes de peso do futebol mundial, como os atacantes Karim Benzema e Diogo Jota e os volantes N’Golo Kanté e Fabinho, além dos brasileiros Romarinho, Marcelo Grohe e Igor Coronado.

Nos quatro jogos em que o recém-contratado Marcelo Gallardo treinou a equipe, foram três vitórias e uma derrota. Mesmo assim, a fase do atual campeão saudita não é das melhores: é apenas o quinto colocado na Saudi Pro League, com 28 pontos em 16 jogos (são 16 atrás do líder Al-Hilal).

O time tem pela frente um figurante conhecido do torneio. Dominante na Oceania, o Auckland City vai para sua 11ª participação, sem grandes expectativas.

O tradicional Al-Ahly

Quem vencer enfrenta o Al-Ahly, campeão africano pela terceira vez nos últimos quatro anos — outro time que tem 11 títulos continentais —, na sexta-feira. No último Mundial, os egípcios, com aplicação tática e física, deram algum trabalho para o Real Madrid na semifinal, apesar da derrota por 4 a 1, e perderam a disputa de terceiro lugar para o Flamengo.

Atualmente, são vice-líderes do campeonato nacional após seis jogos disputados, além de primeiros em seu grupo na Champions da África. A última derrota foi em 29 de outubro, para o Mamelodi Sundowns, time sul-africano que os eliminou da edição inaugural da African Football League.

Desde outubro de 2022, o suíço Marcel Koller é o treinador do Al-Ahly. A força coletiva de uma equipe sem tanto brilho pode ser um fator positivo para quem já acabou em terceiro três vezes (2006, 2020 e 2021).

Fluminense mantém alto nível

Em sua primeira participação no Mundial de Clubes, o Fluminense dispensa apresentações. Desde que venceu a Libertadores de maneira inédita, no dia 4 de novembro, a equipe de Fernando Diniz manteve o alto nível no Brasileirão, como na vitória categórica sobre o Santos, por 3 a 0, na Vila Belmiro. No ranking do GLOBO, o tricolor aparece à frente dos sauditas.

As únicas derrotas foram já nas rodadas finais, quando precisou desacelerar na Série A para evitar lesões. As dúvidas por problemas físicos seguem sendo o lateral-direito Samuel Xavier e o zagueiro Marlon.

Gigante inglês no horizonte

No caminho do sonho do Fluminense, está um dos maiores desafios que um time brasileiro já enfrentou na competição. Trata-se de um dos melhores times da história do Manchester City, comandado por Pep Guardiola. Com uma demonstração insana de volume ofensivo, os ingleses conquistaram a tríplice coroa (Premier League, FA Cup e Champions League) na temporada passada.

Em momento irregular no Inglês (perdeu a liderança e empatou três clássicos seguidos), a equipe ainda convive com contusões de nomes importantes. O meia Kevin de Bruyne (lesão muscular na coxa direita) e os atacantes Jeremy Doku (lesão muscular não detalhada) e Erling Haaland (estresse ósseo nos pés) são dúvidas para o Mundial. Dos três, o norueguês é que tem a recuperação em tempo hábil mais provável.

Em sua semifinal, os citizens encararão um debutante ou um tradicional representante asiático, ambos com histórico de derrubar times com maior poder financeiro. O León, do México, faz sua estreia no Mundial após conquistar seu primeiro título internacional na Champions da Concacaf, batendo o LAFC, da MLS. O atacante Nico López, ex-Internacional, atua no clube.

Já o Urawa Red Diamonds, tricampeão asiático ao vencer o Al-Hilal na decisão do continental da temporada passada, tenta fazer um time japonês chegar pela quarta vez à semifinal. Ele mesmo já conseguiu, em 2007, quando foi terceiro colocado. O moral vem baixo, já que a equipe do camisa 10 Shoya Nakajima foi eliminada na fase de grupos da Champions asiática no último dia 6.

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