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27 de junho Dia Internacional da Pessoa com Surdocegueira

Vinte e sete de junho é o Dia Internacional da Pessoa com Surdocegueira, ocasião oportuna para discutir a surdocegueira e os enormes desafios enfrentados pelas pessoas surdocegas.

A data foi escolhida em homenagem a Helen Keller, escritora e ativista social estadunidense, nascida em 27/06/1880. Ela foi a primeira pessoa surdocega a conquistar o diploma de bacharelado.

A surdocegueira não é a somatória das características de um indivíduo surdo com as de um indivíduo cego, é uma condição única e possui características específicas. As pessoas com surdocegueira podem ser surdas ou ter alguma perda auditiva e cegas ou com baixa visão.

As pessoas podem nascer com surdocegueira congênita ou adquirir a condição ao longo da vida (fato ao qual todos nós estamos sujeitos).

Estima-se que no Brasil existam cerca de 40 mil pessoas. Dependendo da etiologia, a Surdocegueira poder estar associada a outros comprometimentos de ordem mental e física. As principais causas da surdocegueira sãs as “Pré-Natais”: HIV, Herpes, Rubéola, Citomegalovírus, Sífilis, Toxoplasmose, Abuso de drogas pela mãe, Hidrocefalia, Microcefalia, etc., “Pós-Natais”: Asfixia, Encefalites, Traumatismo craniano, Meningites, Derrame cerebral ou “Síndromes genéticas”.

Muitas pessoas consideradas surdocegas podem ter visão suficiente para se mover em seus ambientes, reconhecer pessoas, familiares, ver a língua de sinais a uma pequena distância e, talvez, ler a escrita ampliada. Outras têm audição suficiente para reconhecer sons familiares, entender alguma fala ou desenvolver a língua oral.

A Surdocegueira é classificada de acordo com o período em que se apresentou, podendo ser “Pré-linguística” quando o indivíduo nasceu ou adquiriu a surdocegueira antes da aquisição de uma língua ou “Pós-linguística” quando o indivíduo adquiriu a depois da aquisição de uma língua.

Ainda que o termo surdocego possa sugerir a ausência total de visão e audição, muitas crianças possuem resíduos em ambos os sentidos, mas ainda apresentam dificuldade em processar as informações que chegam por essas vias, bem como de outros sentidos. Crianças com privação dos canais auditivo e visual podem apresentar problemas com o equilíbrio, movimentos limitados e hiper ou hipossensibilidade tátil. As informações apreendidas por meio dos canais sensoriais de distância – visão e audição – prejudicados, precisarão ser apoiadas por outras recebidas pelos sentidos remanescentes mais próximos como o tato, olfato, paladar, bem como dos sentidos esquecidos: vestibular, responsável pelo equilíbrio e proprioceptivo, responsável pela posição do corpo no espaço.

O tato, quase sempre, será o principal canal de entrada das informações que vêm do ambiente para a pessoa surdocega; suas mãos será o instrumento de comunicação por intermédio do qual poderá estabelecer relações com pessoas ao seu redor. Entretanto, o sentido tátil tem sua própria limitação fisiológica no que diz respeito à percepção do todo do objeto; aos conceitos de perspectiva; e das relações de tamanho e descrições visuais para quem nunca teve visão.

Com os surdocegos pós-linguísticos as formas de comunicação podem ser divididas em alfabéticas e não alfabéticas ou sinalizados, como os Sistemas alfabéticos: Datilológico ou manual (visu-espacial; visual-tátil; tátil nas palmas das mãos) e Escrita na palma das mãos, Sistema sinalizado: Língua de Sinais (em campo visual, curta distância e tátil), Sistemas baseados na Língua Oral: Língua Oral amplificada e Tadoma ou Sistemas baseados em códigos de escritas: Escrita com caracteres comuns em tinta e Escrita em Braille.

As crianças que são surdocegas apresentam uma grande variedade de comportamentos que podem ser observadas durante as interações com a família, os amigos e o ambiente em consequência das perdas sensoriais. Estas perdas ocorrem em diferentes graus, e não é necessário apresentar todos os comportamentos identificados para ser considerado surdocego. A criança pode apresentar somente um dos comportamentos que implicam na perda auditiva e, expõem outros comportamentos compatíveis com a perda de visão. Os efeitos combinados das perdas sensoriais, ainda que sejam leves, podem ser classificados como surdocegos.

A perda auditiva pode ser indicada pelos seguintes comportamentos: o indivíduo não reage a ruídos fortes; pede para que se repita diversas vezes o que se fala ou segue as instruções incorretamente, apresenta em dificuldade em localizar as fontes sonoras; parece confuso quando as instruções são fornecidas em ambientes com ruídos (jogos, cantinas escolares); concorda com a cabeça embora saibamos que não entendeu o que foi dito; entende melhor olha diretamente para o orador; não reconhece e não responde apropriamente as palavras ou ruídos comuns de casa (telefone, bater na porta, a TV).

 

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