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17 de Junho – Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca

O Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, celebrado em 17 de junho, foi instaurado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1994, com a missão de sensibilizar a sociedade sobre os efeitos da desertificação e da escassez de água. Esses fenômenos são agravados pelas mudanças climáticas, práticas agrícolas danosas ao meio ambiente e utilização indevida dos recursos naturais, afetando bilhões de pessoas em todo o mundo, principalmente, em regiões áridas e semiáridas.

O objetivo dessa data é alertar sobre a necessidade de tomar ações urgentes para mitigar esses problemas, promovendo a recuperação de áreas degradadas, o manejo sustentável da terra e a sensibilização para o uso racional da água. A ONU incentiva governos, organizações e indivíduos a adotarem práticas, que ajudem a reverter a desertificação, como o reflorestamento, a preservação de recursos hídricos e a implementação de tecnologias agrícolas sustentáveis.

Em cada edição, a ONU destaca um tema específico, enfatizando a importância da cooperação global para enfrentar os desafios da desertificação e da seca, promovendo a participação ativa das comunidades afetadas e garantindo um futuro sustentável para as gerações futuras.

Segundo o Secretário-Geral da ONU, António Guterres: “A segurança, a prosperidade e a saúde de bilhões de pessoas dependem de terras prósperas que sustentam vidas, meios de subsistência e ecossistemas. No entanto, vandalizamos a terra que nos sustenta. A cada segundo, cerca de quatro campos de futebol de áreas saudáveis são degradados.”

Junto com a instauração da data, a ONU implementou a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD, sigla em inglês): The United Nations Convention to Combat Desertification, que é o único organismo que trata sobre a desertificação e a seca. Cento e noventa e seis  países e a União Europeia estão incluídos nessa convenção, incluindo o Brasil, que oficializou a sua entrada na UNCCD, em 1997. Essa convenção é essencial para discutir projetos sobre os temas apresentados e buscar soluções para mitigar os problemas causados por esses dois elementos.

A desertificação é o processo de degradação da terra em áreas secas, resultando na perda de produtividade agrícola, na redução da biodiversidade, dificuldades socioeconômicas para a população local e o aumento da fome entre os moradores dessas regiões. A seca é caracterizada pela falta de chuvas, o que dificulta o abastecimento de água para o consumo humano, a irrigação na agricultura, a manutenção dos ecossistemas e interfere na saúde e higiene de quem é afetado pela seca.

Os caminhos para combater esses dois problemas estão sendo construídos por meio de iniciativas ambiciosas, como o projeto da Muralha Verde do Sahel, que pretende, até 2030, plantar mais de 100 milhões de hectares de árvores na região, que engloba Gâmbia, Senegal, Mauritânia, Mali, Burkina Faso, Argélia, Níger, Nigéria, Camarões, Chade, Eritréia, Sudão e o Sudão do Sul, que enfrentaram uma forte seca nos anos 60, que agravou o problema da desertificação nesses países e na África.

A ideia é construir um grande cinturão verde no Sahel, instruindo os moradores dos países participantes com projetos de gestão sustentável e geração de empregos, na região; além de impedir que a desertificação, a seca, a insegurança alimentar e problemas com mudanças climáticas se estendam para o sul da África.

O que se deve fazer para combater a desertificação e a seca?

Para combater os efeitos da desertificação e da seca, você pode adotar uma série de práticas sustentáveis, tanto individualmente, quanto de maneira coletiva. Aqui estão algumas sugestões:

  • Uso eficiente da água:
    pratique o uso racional da água, especialmente em regiões suscetíveis à seca. Técnicas como a captação de água da chuva por meio do uso de cisternas podem ajudar a economizar água e garantir seu uso eficiente, minimizando possíveis desperdícios.
  • Reflorestamento e plantio de árvores nativas:
    o plantio de árvores de vegetação nativa pode ajudar a combater a desertificação, pois elas mantêm o solo úmido, reduzem a erosão e aumentam a capacidade do solo de absorver e reter água. O reflorestamento também contribui para a melhoria do clima local.
  • Agricultura sustentável:
    práticas como a agrofloresta (que combina cultivo agrícola e florestal) e a rotação de culturas ajudam a manter a fertilidade do solo e a preservar sua estrutura. Essas práticas também permitem que a terra seja utilizada produtivamente, sem degradá-la.

Conservação do solo:
para proteger o solo da erosão, evite o desmatamento e a monocultura extensiva. Técnicas de conservação como terraceamento, cobertura vegetal e plantio direto podem evitar a perda de nutrientes e melhorar a capacidade do solo de reter umidade.

Essas ações, quando realizadas de maneira contínua, podem diminuir significativamente os impactos da desertificação e da seca, contribuindo para a conservação dos ecossistemas e o bem-estar das populações afetadas.

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