Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha, foi um maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador brasileiro. Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira. Contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva.
Pixinguinha (1897-1973) foi um músico brasileiro, autor da música “Carinhoso”, em parceria com João de Barro. Foi arranjador, instrumentista e compositor, um dos maiores representantes do “choro” brasileiro.
Pixinguinha cresceu em meio a dezessete irmãos. Estudou no colégio mantido pelo Mosteiro de São Bento. Nunca foi um aluno brilhante, estudava só para agradar os pais.
Durante as serenatas que o pai promovia em casa, Pixinguinha ficava quieto em um canto da sala, só escutando e fascinado pelas valsas, lundus e pelas polcas da moda.
O apelido de “Pixinguinha” foi resultado do nome colocado por sua avó Edwiges, africana de nascimento, derivado do dialeto natal, “Pizindin” (menino bom), que depois virou Pixinguinha.
As primeiras lições de flauta de Pixinguinha foram dadas pelo pai e começaram aos oito anos quando a família foi morar em um casarão de oito quartos e quatro salas, na Rua Vista Alegre, logo apelidado de “Pensão Viana”, pois estava sempre cheio de gente.
Com 12 anos Pixinguinha já dominava os conhecimentos de teoria musical, ensinados por César Borges Leitão. Nessa época, tocava flauta, cavaquinho e bandolim, mas sonhava com uma clarineta de sons agudos.
Um dos frequentadores da casa era o professor Irineu de Almeida, que em 1911 levou Pixinguinha, com apenas 14 anos, para o grupo carnavalesco “Filhas da Jardineira”.
Ainda em 1911, Pixinguinha compôs sua primeira música, o chorinho “Lata de Leite”. Entusiasmado com o progresso do filho, seu pai importou da Itália uma flauta especial, surgindo assim mais um músico na família.
Levado pelo irmão China, que tocava violão, Pixinguinha foi contratado para o conjunto da “Concha”, casa de chope da Lapa. Logo ganhou fama na vida noturna carioca. Tocou ainda no Ponto, no ABC e no Cassino.
Pixinguinha foi convidado pelo violonista Artur Nascimento para tocar com a orquestra do Maestro Paulino no Teatro Rio Branco. No teste, mostrou perfeita harmonia com a orquestra e logo garantiu seu lugar. Estreou tocando na peça “Chegou Neves”, com o melhor elenco da época.
Primeira gravação
Em 1915, Pixinguinha fez sua primeira gravação para a Casa Falhauber, com o grupo “Choro Carioca”, interpretando o tango brasileiro “São João Debaixo d’água”, de seu professor Irineu de Almeida.
Em 1917 gravou para a casa Edison o choro “Sofre Porque Queres” e a valsa “Rosa”, da parceria com Alfredo Vianna:
Rosa
Tu és
Divina e Graciosa
Estátua Majestosa
Do amor
Por Deus esculturada
E formada com o ardor
Da alma da mais linda flor…
Últimos anos
Em 1962 foi convidado para criar a trilha sonora para o filme “Sol Sobre a Lama”, junto com Vinícius de Moraes. Nessa época, Vinícius colocou letra na música “Lamento”.
Em 1964 Pixinguinha sofreu um enfarte. Enquanto esteve internado compôs vinte músicas, uma por dia, entre elas, as valsas: Solidão, Mais Quinze dias e No Elevador.
Em 1968, Pixinguinha disse: “Hoje só quero saber de sossego e de viver em paz com todo mundo. Tenho medo que a morte me apanhe de surpresa”.
Com mais de 40 anos de casados, Albertina e Pixinguinha não tiveram filhos, mas adotaram Alfredo, que também tinha dons musicais.
Pixinguinha faleceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de fevereiro de 1973.