Franedir Gois/OPovonews
Homenagens aos mortos foram reunidas em uma única data pela Igreja Católica há mais de um milênio e, na América Latina, misturam origem europeia e expressões indígenas
As celebrações começam no Dia das Bruxas (31 de outubro), passando pelo Dia de Todos os Santos (1º de novembro) – que celebra os que morreram depois de “se deixarem atrair pela proposta divina”, segundo explicação do Vaticano -, até o dia 2 de novembro, o Dia dos Mortos, como é mais conhecida a data em alguns países.
Em Teixeira de Freitas nossa reportagem acompanhou as celebrações no Cemitério Park Reviver, assim como no Jardim da Saudade. Santana do Reviver, diretora geral do cemitério falou da importância da visita dos familiares ao local onde se encontram seus entes queridos. “O Reviver propôs esse evento de saudade, para lembrarmos dos nossos entes queridos através das visitas e também a participação nas missas que ocorrerão no local. Já às 8 horas com padre Roberto, às 10h. com padre Douglas e às 16h com dom Jailton. Agradecemos a todos que vieram e fizemos o possível para recebê-los bem, sobretudo oferendo um café, além de uma boa acolhida. Estamos aqui para servirmos nossos clientes, sobretudo os familiares dos entes queridos que aqui repousam. Somos a nível de Park, estamos aqui desde 2012 e nosso intento é sempre amenizar a dor que os familiares sentem”. Disse.
Arlindo Ferreira Lopes, um visitante do Park Reviver afirmou estar feliz diante de Deus, no dia de finados. “Todo ano venho visitar, pois tenho uma irmã sepultada aqui. O Cemitério é uma beleza”. Finalizou.
Chirle Martins, uma visitante que lembra da mãe que sempre incentivou a fazer as visitas no dia de finados, entretanto perdeu um pouco do costume. No ano passado ela perdeu um ente querido e acabou voltando ao hábito de outrora. “Esse dia é um momento de voltarmos a lembrarmos dos irmãos que já se foram. No nosso corre – corre, às vezes nem lembramos e, nesse dia podemos fazer nossas visitas e rezarmos por eles. Pensar no que eles foram, o que representam e nos ajuda a nos tornarmos pessoas melhores”. Destacou.
Dona Josefina, uma senhora de 86 anos, também participou das celebrações em homenagem aos falecidos. “Tenho o costume de visitar desde que era pequena e até hoje faço isso com muita alegria. Lembrar dos nossos irmãos falecidos é pensar na nossa vida na procura de fazer coisas boas para termos uma boa morte”. Concluiu.