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Musa do Vitória no Baianão, nadadora paralímpica é internada em Salvador

 

Um dos maiores nomes da natação paralímpica brasileira está em delicado estado de saúde. Medalhista de bronze nas Paralimpíadas de 2008, Verônica Almeida foi internada no início desta semana na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Aliança, em Salvador. A atleta, que sofre com a síndrome de Ehler-Danlos, foi hospitalizada após sofrer convulsões. Ainda não há um diagnóstico fechado sobre o quadro.

De acordo com a nota oficial divulgada pelo hospital, Verônica “necessita de vigilância permanente e reavaliações clínicas com exames complementares diários, ainda sem previsão de alta”. A assessoria do hospital nega que a atleta esteja em coma induzido, o que foi passado por pessoas próximas à paciente ao GloboEsporte.com, e afirma que a mesma “mantém-se em ventilação espontânea com uso de sedativos”.

Contratada em março pelo Vitória para defender as cores do clube, Verônica foi escolhida no mês passado para representar o Rubro-Negro no concurso Musa do Baianão, título disputado por outras seis candidatas. Estava animada com o novo desafio, e sua última postagem nas redes sociais, feita no dia 1º de maio, data da internação, mostra justamente os bastidores de um ensaio fotográfico realizado para a disputa.

Verônica ainda não tinha competido este ano. Seu primeiro evento seria o Open de Natação e Atletismo, em São Paulo, no fim de abril, mas como já não estava sentindo-se bem enviou um atestado médico para justificar sua ausência. O quadro se agravou nesta semana, quando a nadadora sofreu uma convulsão, desmaiou e foi internada.

A brasileira tem como maior conquista da carreira um bronze nos 50m borboleta na classe S7, mas também tem no currículo medalhas em Mundiais e nos Jogos Parapan-Americanos. Na última edição, em Toronto 2015, faturou um bronze apenas meia hora após deslocar o quadril, algo que pode acontecer com alguma frequência a quem sofre de Ehler-Danlos.

A síndrome é hereditária e degenerativa, tendo como característica a deficiência na produção de colágeno, gerando falta de força e facilidade para deslocar articulações – motivos pelos quais a atleta se deslocava de cadeira de rodas mesmo tendo mobilidade nas pernas. A doença foi descoberta durante a gravidez de Verônica, mãe dos gêmeos Bianca e Marcelo, hoje com 12 anos.

Além da carreira nas piscinas, a nadadora também se destacou em provas em mar aberto. Em 2015 ela foi parar no Guiness Book, o Livro dos Recordes, por ter atravessado os 12km da Ilha de Itaparica ao Porto da Barra, em Salvador, nadando com apenas um braço no estilo borboleta. A distância foi coberta em 4h56. Em fevereiro deste ano, foi lançado um documentário sobre a história da baiana, batizado de Mar Grande.

Globo Esporte

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